sábado, 13 de dezembro de 2008


A indignação continua bem viva na Grécia



[Hoje (13), em Atenas, tiveram lugar duas manifestações, mas também em Tesalônica, com a presença de milhares de pessoas no centro de ambas as cidades. Registaram-se atentados contra 5 bancos que provocaram danos materiais. A delegacia e duas viaturas foram incendiadas no centro da capital, em Guizi e Exarchia, o bairro onde o jovem foi baleado mortalmente. A seguir informes curtos que chegaram da Grécia.]Dia International de Ação Contra os Assassinatos Cometidos pelo Estado, em 20 de dezembro de 2008 - "Nós não esquecemos, nós não perdoamos"Neste sábado (13), a assembléia da Escola Politécnica Ocupada, decidiu fazer um chamado internacional para o dia 20 de dezembro, para a realização de acões em homenagem a todos os jovens, imigrantes e revolucionários que foram assassinados pelo Estado. Para Carlo Giulianii, Alexis Gringoropoulos, Carlos Palomino, os jovens rebeldes dos subúrbios franceses e tantos outros em todo o mundo. Em breve o comunicado completo da Escola Politécnica Ocupada.TV é ocupada em PátrasNa cidade de Pátras, um grupo de anarquistas ocupou durante meia hora o canal de televisão "Super B", e emitiram ao vivo um vídeo com imagens da luta na Grécia e um comunicado. Vídeo, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=J-a1jCD9sk0Manifestação e Ocupação de uma emissora de Rádio em JaniáDepois da manifestação de hoje na cidade de Janiá (Ilha de Creta), foi ocupada uma emissora de rádio, onde foi lido "ao vivo" vários textos escritos pelo espaço autogestionado dos imigrantes, o C.S.O.A "Rosa Negra", a Associação de Professores, de um coletivo de anarquistas da cidade, da Associação de Estudantes da Universidade Politécnica de Janiá e da Prefeitura Ocupada de Áyios Dimítrios.Prisioneiros apóiam a lutaMilhares de prisioneiros, nos 23 presídios da Grécia, na terça-feira passada, entraram em greve de fome (por um dia) para se solidarizar com a luta e contra o terrorismo estatal. agência de notícias anarquistas-ana

ao voltar dos camposabro a portae a lua entra comigo Rogério Martins

segunda-feira, 8 de setembro de 2008


Convenções presidenciais estadunidenses terminam com centenas de prisões e casos de tortura

[Pessoas desaparecidas, humilhadas, torturadas e presas na maior operação policial realizada nos Estados Unidos desde a “Batalha de Seattle”, em dezembro de 1999. Anarquistas foram os alvos principais da repressão do Estado.]
A Convenção Republicana, em St. Paul (Minnesota), acabou dias atrás e registrou o dobro de prisões de manifestantes que durante os quatro dias da Convenção Democrata, na semana passada.
Calcula-se que, somando as duas convenções, cerca de 1000 ativistas foram presos, só no último dia da Convenção Republicana, durante uma marcha anti-guerra, 400 pessoas foram detidas, a maioria jovens anarquistas.
Segundo relatos, durante os dias da Convenção Republicana, que concentrou os maiores protestos, desde pacíficos à intensos, pessoas desapareceram, foram humilhadas e sofreram sessões de tortura, sendo espancadas com pedaços de madeira, chutadas e sofrendo todo tipo de tormento psicológico em distritos policiais e nos “becos escuros” das ruas de St. Paul.
Há relatos também de casas de anarquistas invadidas por policiais sem identificação, em busca de material “criminoso”, tais como folhetos, livros, revistas...
Alguns anarquistas foram acusados de conspiração, enquadrados na Lei Patriota (Patriot Act) contra o terrorismo, criada por George W. Bush, e podem ser condenados a pegar até oito anos de prisão.
A Convenção Republicana contou com o contingente policial de 3.700 homens, inclusive do FBI, fortemente armados, com cassetetes de madeira, bombas de efeito moral, spray de gás-pimenta, laser e outros utensílios. Vindos de diversas partes dos Estados Unidos, como Texas, Arizona, Nova Iorque, Flórida e Califórnia.
Antes de começarem as manifestações, grupos de policiais à paisana, se infiltraram nas concentrações e tiraram fotografias e vídeos dos ativistas.

agência de notícias anarquistas-ana
De que árvore florida chega?
Não sei.
Mas é seu perfume...
Matsuo Bashô

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

[Espanha] O caso de um preso anarquista


Há tempos nos queixamos, com razão, de que na nossa vida pública faltam idéias, debate, capacidade de reflexão. Mas este maior interesse pelas idéias deveria vir acompanhado também de um maior sentido de realidade, da vontade de concretizar as idéias, de preocupar-se pelos problemas que têm as pessoas reais. Quando não se faz isso, as idéias podem ser desculpas para se fazer castelos no ar, inclusive castelos progressistas.
Existem de menos as duas coisas: idéias, mas também ações concretas para lutar contra o trato injusto, contra os sofrimentos que muitos padecem. A prisão é um dos temas que mais debate e mais preocupação deveriam gerar entre nós. Por desgraça, não é assim. Desde já faz anos tenho acompanhado vários casos de presos políticos na Catalunha e tenho comprovado que o sistema judicial e a instituição penitenciária são feudos tão fechados, tão opacos, que, se não se vai com muito cuidado, podem acabar instalando-se neles a parcialidade, a arbitrariedade, a crueldade e o legalismo vingativo.
Por isso, quero referir-me a casos concretos, falarei de Amadeu Casellas. É um anarquista que expropriou bancos nos 70 e 80. Faz já bastante tempo, mais de 20 anos que está na prisão. Pede para ser libertado, porque, se não, sua pena acabará convertendo-se em perpétua, o que vai contra a celebrada Constituição espanhola. Mas também se conformaria com a concessão, como lhe corresponde, do terceiro grau penitenciário, para ir somente dormir na prisão. E a ele tudo é negado. Tudo. Suspeito que é porque é anarquista. Se fosse banqueiro, ex- prefeito, alguém do teatro ou um empresário o tratariam muito melhor. Mas é anarquista. E, a estes, não se lhes condena só na prisão: também a inexistência.
Hoje, faz 74 dias que Amadeu Casellas começou uma greve de fome para reclamar que se lhe trate como se trata a todo o mundo. Isto tão pouco têm nenhum efeito. Eu temo que o poder goste, principalmente, de si mesmo, no judiciário, na prisão ou aonde quer que seja. Os que têm poder tem também o objetivo de reduzir o sofrimento e de fazer a vida mais suportável, mais humana?
Josep-Maria Terricabras
Fonte: Jornal da Catalunha - LA RUEDA - 3/9/2008
Liberdade ou morte. Música de rap para difundir a situação de Amadeu
Liberdade ou morte. Música de rap para difundir a situação de Amadeu Casellas. Uso livre para qualquer coletivo ou individualidade solidária: programas de rádio, rádios livres, CDs autogestionados, difusão por internet etc...
Para escutar a música: http://es.youtube.com/watch?v=155x88MO0MM
Para baixar gratuitamente a música: http://www.megaupload.com/es/?d=UU5FRRJ0
Tradução > Juvei


agência de notícias anarquistas-ana
Lágrima aflora.Na música lá forauma alma chora. Rogério Viana
Banco grego é alvo de ataque incendiário


De acordo com o jornal Tahydromos, uma explosão de um dispositivo improvisado causou grandes danos à subsidiária do banco Ethniki, localizada entre a esquina da Rua Larissis e Neapoleos. A explosão, armada por pessoas desconhecidas, ocorreu às 4h04min da manhã, deste primeiro dia de setembro, resultando numa destruição total das janelas do banco e do ATM lá também instalado. De acordo com evidências colhidas, a polícia do Departamento de Segurança de Volos, acredita que pessoas desconhecidas colocaram latas de gás e um pedaço de roupa banhada em óleo dentro de um caixa de papelão e daí atearam fogo. Das chamas saiu um calor que fez com que as latas de gás explodissem, quebrando o vidro das janelas e cobrindo o ATM com fogo. “Esta foi à quarta vez que tais ataques ocorreram contra o ATM de bancos durante os últimos cinco anos”, disse um militar do Departamento de Segurança de Volos.
Um comunicado divulgado via e-mail
“Nesta última noite, nós, colocamos um dispositivo incendiário no banco Ethniki do Agii Anargiri, em Volos. Escolhemos atacá-lo de tal maneira para causar danos materiais, e até mesmo uma desordem mínima ao fluxo normal de dinheiro.
Bancos sempre serão um alvo essencial, visto que são mecanismos econômicos de exploração, e também são templos modernos do sistema capitalista que produz e recicla consumidores obedientes. Isto retrata somente um passar de olhos sobre os falsos sorrisos de seus estúpidos comerciais, comparada com a realidade miserável dos empréstimos, combinada com às 8 horas de trabalhos forçados para manchar o topo da miséria que eles chamam de paz social.
É exatamente aí o lugar que nós miramos: para minar e destruir tudo isso! Este é o porquê de o tempo e o lugar dos ataques não serem limitados, sua realização não espera por ocasiões. Pretendemos generalizar e espalhar tais ações ofensivas...
Esta ação é dedicada a todo/as o/as preso/as anarquistas...”
Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

Canta o bem-te-vino galho da goiabeira:mesma saudação! Ronaldo Bomfim
[Alemanha] A existência da ocupação Liebig34 está ameaçada novamente!


[Maldito capitalista, especulador imobiliário, quer desocupar um espaço autônomo e feminista em Berlim. Feministas, queers, squatters e outros mais já deram o recado: "Tirem suas mãos de nossos projetos autônomos!"]
Liebig34 é uma casa feminista e separatista. Embora estejamos pagando aluguel, somos a favor de ocupações e vivemos juntas como um coletivo autônomo.
Somos opostas a qualquer tipo de hierarquia e estamos dando o melhor de nós para eliminar as hierarquias ainda existentes em nossas vidas diárias.
Como projeto só de mulheres/lésbicas/trans, constituímos um espaço e refúgio longe do patriarcado, do sexismo e do heterossexismo. Não queremos viver em um mundo em que cada um de nossos passos é determinado e monitorado por meia dúzia de machos brancos.
Em um ambiente separatista, pode-se sanar as deficiências causadas por uma educação sexista. Nesse ambiente, ocorre com mais freqüência a solidariedade entre as pessoas do grupo, que depois levam esse sentimento para outros setores de suas vidas.
Liebig34 Ficará Onde Está!
O projeto da casa Liebig34 em Friedrichshain, Berlim, é um dos últimos coletivos autônomos e separatistas para mulheres, lésbicas e transgênero na Europa.
O infoshop político "Daneben" (www.daneben.info), assim como o bar-coletivo "XB-Liebig" (www.XB-bleibt.blogsport.com), ambos espaços não-comerciais e auto-organizados, estão localizados no mesmo prédio.
Invadida em 1991 e depois legalizada, a casa ainda se afirma como local autônomo e radical, ativo na cena underground.
Liebig34 existe há 17 anos. A casa é conhecida internacionalmente, sendo um importante ponto de encontro para a cena feminista-emancipatória de Berlim.
Os moradores da Liebig34 tentam viver livres do sexismo, do patriarcado, do racismo e de todas as outras formas de hierarquia. Isso não significa uma negação do fato de que todos nós fomos criados em uma sociedade normativa e capitalista, que condicionou nossa maneira de se comportar e pensar, mas acelerar a desconstrução de padrões e papéis estabelecidos.
No momento, 25 pessoas vivem na L34. Essa diversidade faz com que o processo de tomada de decisões e consenso seja uma presença constante no dia a dia, o que nem sempre é fácil, mas crucial para a vida coletiva.
Liebig34 é um local em que apóiamos uns aos outros, na luta ofensiva contra a alienação onipresente e multifacetada e os processos de normalização do sistema capitalista.
Ser feminista significa, para nós, levar a sério a opressão diária que é imposta não somente às mulheres, mas também a outros grupos e minorias sujeitos à discriminação e ao preconceito pelo sistema heteronormativo.
Consideramos nosso espaço um abrigo contra a hierarquia, o preconceito e a opressão.
Assim como muitos outros espaços livres em Berlim, a existência da Liebig34 está ameaçada novamente!
Gjora Padovicz está tentando comprar o 6º e último andar da casa. Precisamos impedi-lo, para evitar que os habitantes da casa sejam despejados, bem como evitar a extinção de mais um espaço livre. Gjora Padovicz é um executivo "de sucesso" e especulador imobiliário, cujo único interesse é gerar lucros.
Sua atividade consiste em comprar prédios velhos e transformá-los em apartamentos novos e rentáveis.
Ele gosta de se autodenominar "colecionador" de casas autônomas e é conhecido por, dessa maneira, destruir infra-estruturas e redes (por exemplo Kreuziger12 e Scharni29).
Por enquanto, só há queixas contra o trabalho de G. Padovicz e de sua empresa, a "Factor", por parte de coletivos e também de outros moradores que habitam as casas antigas que ele compra. Ele é amplamente conhecido por nunca manter sua palavra.
Esta luta não está limitada à cena underground, mas reflete um complexo processo de gentrificação, que afeta especialmente as pessoas de baixa renda. As pessoas são forçadas a deixar a vizinhança, sendo levadas aos limites das cidades para que consigam pagar seus aluguéis..
Espaços livres onde as pessoas possam viver independentemente de quanto dinheiro elas tenham estão se tornando cada vez mais raros. As casas autônomas são uma das últimas alternativas ao modelo de vida imposto em Berlim.
A expulsão de nossa casa significaria a extinção de um importante ponto de encontro para o movimento não comercial autônomo/de esquerda. A luta não é pela casa em si, mas também pelo coletivo XB-Liebig e pelo infoshop Daneben.
Por isso é tão importante lutar determinadamente contra a erradicação sistemática dos espaços autônomos.
Estamos desenvolvendo maneiras e estratégias para pressionar politicamente G. Padovicz e sua empresa, e estamos determinada/os a fazê-lo desistir do negócio qualquer preço.
Um dos objetivos mais urgentes é comprar o 6º andar do prédio em um leilão que irá acontecer em breve. Para tanto, precisamos de 40.000 euros e o máximo de apoio e solidariedade possíveis.
Pedimos que todos os grupos e indivíduos nos ajudem com quaisquer ações de apoio (festas em solidariedade, passeatas, doações).
Não vamos deixar que a possibilidade de escolher como vamos viver nossas vidas seja tirada de nós!
Tirem suas mãos de nossos projetos autônomos!!!
Solidariedade às ocupações em todo o mundo!
Nós ficaremos!
Feministas, queers e squatters, uni-vos!
Esmague o capitalismo e o sexismo!
E-mail: liebig34@no-log.org
Doações: Spenden Konto Raduga E.V. - KONTO-Nr 4005651900 // BLZ 43060967 //
Tradução > Danielle Sales


agência de notícias anarquistas-ana
no lagoum patotoma banho de chuveiro Rogério Martins

terça-feira, 2 de setembro de 2008


[Grécia] Três camaradas foram presos acusados de um grande caso de seqüestro

No dia 20 de agosto, quatro pessoas foram presas na Grécia sob a acusação de um seqüestro, onde uma grande quantia foi paga pelo resgate do refém. As pessoas presas são Polikarpos Georgiadis, Vasilis Palaiokostas, Vagelis Hrisohoides e uma outra pessoa na qual o resto do grupo tomou distância devido ao seu comportamento.
Já no dia 21, mais quatro pessoas foram presas por também desempenhar um papel menor no seqüestro. A pessoa que foi raptada há alguns meses atrás se refere ao presidente do Sindicato para os Proprietários da Indústria Pesada (sindicato empregador) Georgos Mylonas, que não muito tempo atrás causou um alvoroço nos trabalhadores quando disse que nas fábricas as pessoas teriam de trabalhar mais duramente e em maior quantidade de horas.
Ele foi solto após ser paga uma soma de 10 milhões de euros, arranjados por sua esposa. A mídia e a polícia alegaram que este dinheiro foi destinado à libertação da prisão do irmão de Vasilis, Nikos Palaiokostas. Fotos na imprensa burguesa mostraram a larga variedade de munições, kalashnikovs (rifles automáticos), um lançador-propelente de granadas, artifícios explosivos, coletes à prova de balas e uniformes de bombeiros que foram encontrados no momento da prisão.
Histórias da quantia de dinheiro sendo encontrada de volta mudam todos os dias. A polícia disse que uma grande parte dos talões foi marcada e em cerca de 150 lugares diferentes eles as encontraram de volta.
A história e tradição de Vagelis, Vasilis e Polikarpos neste caso, como também os tantos outros ataques contra a exploração e a escravidão das pessoas, são importantes para o contexto deste seqüestro e para a rebelião social em geral. Polikarpos e Vagelis são queridos companheiros na cena anarquista desde há muitos anos e ambos têm sido muito ativos.
Polikarpos foi mandado para a prisão antes, em 16 de abril de 2004, acusado por tentativa de provocar incêndio com artifícios explosivos contra o veículo de uma companhia de segurança privada. A polícia tentou acusá-lo por tentativa de incêndio e posse de dispositivos explosivos, mas não pode provar nada. Ele permaneceu em pré-detenção por um ano e de qualquer forma foi tido como culpado. Durante seu tempo na prisão ele chegou a conhecer Vasilis Palaiokostas. A mídia burguesa o acusou naquela época de ser um ladrão de banco também, e deste ponto de vista isto os encaixa perfeitamente para clamar hoje que Vasilis teria “escolhido Polikarpos para uma conspiração para colocar seu irmão, Nikos, para fora da prisão”. Estes dois irmãos são duas “lendas” bem conhecidas no país faz décadas.
Desde a queda do império Otomano em 1821 a Grécia passou a conhecer uma grande tradição muito popular de ladrões classistas e sociais, como sendo uma resposta à pobreza e à exploração. Estas pessoas tomariam de volta o dinheiro dos ricos, das autoridades, dos exploradores, e freqüentemente se escondiam em vilarejos, com a ajuda das pessoas; estas se recusariam a ajudar a polícia e os protegeria das autoridades.
Os rebeldes sempre tiveram fortes conexões com as pessoas e providenciaram para suas comunidades, por exemplo, apoio financeiro para educação e medicação, tendo por sua vez proteção da comunidade em relação à polícia. Nesta realidade, os dois irmãos Vasilis e Nikos, e ainda muitos outros, que cresceram em uma família muito pobre, não poderiam mais suportar suas próprias explorações e escravizações bem como as das pessoas que os circundam nesta sociedade, e assim, durante os últimos 30 anos, eles têm vivido suas vidas como rebeldes sociais.
Eles fizeram dezenas de assaltos a bancos, roubos de carros e fugas da prisão, mas nunca tiveram roupas elegantes, dirigiram carros caros ou viveram em casas luxuosas. De fato teve uma vez que eles atiraram de volta o dinheiro para o chão do banco, porque aquele pequeno montante não era a quantia que eles realmente precisavam. Tudo isto foi sempre enviado para onde era necessário e compartilhado com as pessoas que os protegeram, os esconderam e ainda não vão dizer uma palavra sequer para a polícia sobre os seus companheiros.
Durante todos esses anos eles permaneceram nos “subsolos”, enquanto eram trilhados pela polícia de tempos em tempos, quer resultando em bem-sucedidas fugas em carros roubados ou tendo que enfrentar um infeliz tempo de prisão. Sempre escapando dela, no entanto, com a amante e espetacular ajuda do outro irmão.
Por toda a década de 80 eles fizeram muitos assaltos, até Nikos terminar na prisão em 1988, mas foi solto pelo seu irmão há poucos dias mais tarde, jogando, pelo lado de fora, uma corda sobre o muro da prisão. Dois anos depois, em fevereiro de 1990 ele foi preso novamente. Um mês depois Vasilis foi infortunadamente pego com um amigo, enquanto tentava resgatar seu irmão. Esta foi, supostamente, a primeira vez em que ambos estavam na prisão ao mesmo tempo.
Em dezembro de 1990, no entanto, Nikos escapa da prisão de Korydallos em Atenas após um enorme levante no presídio; a polícia então estaria procurando por ele pelos próximos 16 anos, até que o pegou, por acidente, quando estava em uma batida de carro em 2006. Desde então ele nunca mais saiu.
Em 1991 Vasilis consegue escapar da prisão de Halkida. Em 1992 ele rouba um banco. Em 1995, juntos, eles assaltam um banco em Atenas. Em dezembro de 1995 eles estavam sendo acusados de seqüestrarem o presidente da Haitoglou, uma grande fábrica de “halvas” (comida grega). Eles, supostamente, o deixaram ir após quatro dias e também após receberem 750.000 euros de resgate. O ministro da ordem pública profere então um mandado de prisão que circulou na televisão e na rádio, além de cartazes com as fotos deles e uma recompensa de também exatamente 750.00 euros.
Em 1996, Vasilis foi rastreado pela polícia em Korfu, mas conseguiu escapar dela tomando um carro. Dois anos mais tarde a mesma situação ocorre em Yanitsa, e volta a se repetir em maio de 1999. Em 2003, Nikos faz uma fuga espetacular com um helicóptero.
Em 2006, Nikos, de bicicleta, roubou um banco em Veria e fugiu porque a massa de policiais lá presente estava completamente preocupada com a proteção do presidente que estava visitando as ruas de Veria naquele exato momento. Em setembro daquele mesmo ano ele teve o acidente de carro e foi preso novamente após muitos anos se escondendo e vivendo como um fugitivo.
A polícia descobre sobre a identidade e o paradeiro do grupo porque um quarto homem estava gastando largas somas de dinheiro em carros luxuosos em Creta. Também porque Georgos Mylonas tinha declarado à polícia que durante seu seqüestro ele tinha ouvido aviões sobrevoando por lá muito freqüentemente. Com a prisão do homem em Creta eles descobriram que tinham alugado uma casa em Souroti, uma tranqüila área perto de Tessalonica, próxima ao aeroporto. A polícia alega que com 14 policiais da força especial e 10 policiais civis (é muito possível que havia bem mais), eles cercaram a casa em Souroti. Ambos Vasilis e Polikarpos foram presos lá, onde tinham também mantido Mylonas e a artilharia.
No dia 22 de agosto de 2008, todos eles foram levados ao promotor, que deu à eles três dias para preparar a defesa, e decidirá sobre a continuidade da detenção pré-julgamento deles. Encaram nove acusações (3 crimes, 6 delitos). Após o processo eles foram arrastados por dois grandes policiais da tropa de elite para a imprensa, ávida para tirar uma foto dos mais procurados na Grécia, e orgulhosa de mostrar a todos que eles foram pegos; o pesadelo de todo o sistema que impõe a lei, o controle e a punição sobre as pessoas.
Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana
Na tarde chuvosa,Sozinho, despreocupado,Um pardal molhado Edson Kenji Lura

[EUA] Livro que fala de anarquismo e homossexualidade é destaque em novo espaço libertário na Califórnia

“Alexander Berkman Social Clube”. Esse é o nome de um recém inaugurado espaço anarquista na cidade de São Francisco, na Califórnia. A festa de abertura foi um tremendo êxito de público. Assim como uma das primeiras atividades no local, a conversa sobre “Anarquismo e Sexualidade”, que contou com a presença do anarquista Terence Kissack, que falou a respeito de seu novo livro: “Camaradas Livres: O Anarquismo e Homossexualidade nos Estados Unidos, 1895-1917” (AKPress, 2008). Essa trata-se de uma obra muito bem comentada pelos críticos literários estadunidense. Nesse mesmo dia, Jessica Moran, também fez uma apresentação abordando o anarquismo e o amor livre nos Estados Unidos no último século; e Joey Cain, outro convidado da noite, discorreu sobre Edward Carpenter, que foi, indiscutivelmente, um dos pioneiros do movimento GLBT moderno.
Um pouco sobre o livro de Kissack
Através da investigação de registros públicos, jornais e livros publicados entre 1895 e 1917, Terence Kissack expande o alcance da história das políticas GLTB nos Estado Unidos. O anarquista Kissack examina escritos – tais como os de Emma Goldman, Benjamin Tucker e Alexander Berkman – defendendo o direito de indivíduos a buscarem relações do mesmo sexo, freqüentemente desafiando as crenças conservadoras de seus companheiros anarquistas bem como de outras pessoas que estão fora do movimento – polícia, clero e autoridades médicas – que condenam as pessoas GLTB.
Em seu livro, Kissack examina o processo e a prisão de Oscar Wilde, a vida e o trabalho de Walt Whitman, periódicos tais como a Liberdade, de Benjamin Tucker e o O/as Camaradas Livres, de Leonard Abbott. Examina também o ostensivo tratamento de relações homossexuais em Memórias da Prisão de Um Anarquista, de Alexander Berkman.
Por defender o direito de entrar em uma associação do mesmo sexo, livre de restrições governamentais e sociais, o/as anarquistas proclamaram um desafio para a sociedade que ainda hoje não é conhecido.
Terence Kissack é um antigo Diretor Executivo da Sociedade Histórica Gay, Lesbiana, Bissexual e Transgênera de São Francisco, e atualmente ajuda à junta dessa organização. Seus escritos têm aparecido na Revista de História Radical e no Jornal da História da Sexualidade.
Para adquirir o livro: www.akpress.org
Para se manter informado sobre as atividades do ASBC, ver fotos, baixar gravações de áudio dos primeiros acontecimentos, acesse: www.alexanderberkmansocialclub.blogspot.com
Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana
Ao sol da manhã,Imóvel como se dormisse,A coruja no fio. Paulo Franchetti

Passeata em Barcelona pede liberdade para Amadeu


Diversas pessoas participaram hoje, 30 de agosto, em Barcelona, de uma manifestação pela liberdade, apoio e solidariedade com o preso anarquista Amadeu Casellas, em greve de fome há mais de 70 dias.
O protesto partiu da Praça Universitária e percorreu várias ruas centrais de Barcelona, sempre num ambiente combativo e aos gritos de “liberdade já para Amadeu” e “contra as prisões”. Diversas pichações em locais comerciais e bancários foram realizadas. O/as protestantes carregavam cartazes e faixas. O ato foi encerrado em frente da Prefeitura de Barcelona e da Generalitat de Catalunha. Apesar do forte esquema de segurança durante toda a ação, com os agentes anti-distúrbios, nenhum incidente grave foi registrado.
Um comunicado de Amadeu foi lido várias vezes na marcha, e dizia que ele vai seguir lutando até conseguir sua liberdade definitiva. Ele também agradeceu o apoio que vem recebendo desde dentro da Espanha como do estrangeiro.
Na carta escrita por Amadeu dentro do módulo penitenciário do hospital de Terrassa, indicava que sua luta é a luta de outros muito/as preso/as que se encontram na mesma situação que a dele, e que ele fazia tudo para denunciar as condições em que estão milhares de preso/as na Catalunha e no resto do país. Denunciava que as prisões estão cheias de gente pobre, que vêm de bairros marginalizados, enquanto que o/as rico/as entram nas prisões em raras ocasiões e, quando isso acontece, ele/as a abandonam rapidamente.
Amadeu Casellas já cumpriu 22 anos de condenação por lutar contra o Estado (expropriando bancos nos anos 70 e 80 para financiar as lutas obreiras), sendo que 20 anos é o tempo máximo na prisão permitido pela lei espanhola.
Nos últimos dias outras manifestações foram realizadas em diversos pontos da Espanha, e em outras cidades do mundo impondo pressão às autoridades espanholas. É Liberdade ou Liberdade para o companheiro Amadeu! A luta continua...
Mais informações e reportagem fotográfica da manifestação deste sábado: http://www.lahaine.org/index.php?p=32525

agência de notícias anarquistas-ana
chuva finao boi sobre o camposobre o boi o pássaro João Angelo Salvadori

Ditadura militar cubana reprime ato de apoio e liberdade para Gorki Águila


Ontem a noite, 28 de agosto, aconteceu em Havana, na Tribuna Anti-Imperialista, no quebra-mar havaneiro, um concerto do cantor pró-castrista Pablo Milanés, no mesmo lugar apareceram alguns jovens contestatórios que, ao lado de um grupo de artistas, desvelaram uma grande faixa exigindo a liberdade para Gorki Águila, e gritaram "Liberdade" com todas as forças dos seus pulmões. A resposta da ditadura militar foi imediata.
Acabamos de receber o testemunho de uma pessoa próxima dos integrantes do grupo Porno Para Ricardo, dando-nos seu testemunho sobre os acontecimentos recentemente ocorridos na Tribuna Antiimperialista, no Malecón de Havana:
"Deram-nos golpes de uma maneira selvagem, não sei onde estão nem Hebert nem Ciro, Yoani escapou, acredito que levaram vários, mas não sei quem, a imprensa filmou tudo, levamos uma faixa e gritamos, as pessoas corriam em massa e a segurança dava golpes, por alguns segundos o concerto foi um caos."
Alertamos à comunidade internacional a continuar próxima do caso de Gorki Águila e do estado em que poderiam encontrar-se Ciro Díaz, Hebert Domínguez e Renay Kayrus, membros do Porno Para Ricardo, assim como do blogueira Yoany Sánchez.
Mais infos: www.mlc.acultura.org.ve ou www.pornopararicardo.com

agência de notícias anarquistas-ana
meio diadormem ao solmenino e melancias
Alice Ruiz

[Alemanha] Alegria, resistência e rebeldia no Acampamento Climático e Anti-racista 2008 em Hamburgo


[Juntamente a tudo isso, entre os dias 15 e 24 de agosto, o Acampamento Climático e Anti-racista, realizado na cidade alemã de Hamburgo, ofereceu momentos de pensar, de inovar, de recriar, de propor mudanças alternativas e radicais, de debates, oficinas, apresentações, jogos lúdicos, solidariedades práticas, estratégias para um movimento emergente de ação climática, de oposição ao CO2, bem como períodos de protestos multifacetados e utopia viva. A seguir uma visão geral resumida de algumas ações que aconteceram durante essa jornada insubmissa. Brilhante!]
Primeiro dia: Sábado, dia 16: Após semanas de artigos histéricos na mídia corporativa de Hamburgo sobre o iminente “acampamento do caos”, participantes do acampamento decidiram realizar uma manifestação de aquecimento:
Fotos: http://asb.nadir.org/fotoarchiv/serien/showroll.php?dirpara=080816%20camps%20auftaktdemo
Vídeo feito pela Feuerlöscher TV: http://www.feuerloescher-tv.com/vplayer/climacamp08hh.html
Construindo o acampamento: http://de.indymedia.org/2008/08/224576.shtml
Segundo dia: Domingo, dia 17: Festival de desfiladeiro global com teatro, torneio de futebol anti-racista e um sol que raramente estourava entre as nuvens. Acrescentado a isso teve uma Massa Crítica (Bicicletada):
Reportagens e fotos: http://de.indymedia.org/2008/08/224766.shtml
Terceiro dia: Segunda-Feira, dia 18: Este foi um dia desafiante ao racismo diário. Entre as ações estava inclusa um jogo que foi realizado através da cidade chamado “scavenger hunt”, uma ação do Reclaim Your Market (http://camp08.antira.info/eventleser/events/reclaim-your-market.html), uma manifestação sobre o resíduo nuclear em Altona (http://de.indymedia.org/2008/08/224799.shtml) e uma noite com a Massa Crítica (http://de.indymedia.org/2008/08/224861.shtml).
Quarto dia: Terça-Feira, dia 19: Cerca de 300 pessoas viajaram para a cidade de Lübeck para protestar na academia de treinamento da polícia. Lá, entre outras coisas, a agência de controle das fronteiras européias realiza seminários de treinamento. O principal trabalho da Frontex é parar a indesejável migração para a Europa.
Quinto dia: Quarta-Feira, dia 20: Este quinto dia foi turbulento: incluiu ações, sob terra e água, contra a construção da Represa Ilisu (http://de.indymedia.org/2008/08/224945.shtml), e a primeira ocupação no local de construção da central termoelétrica de carvão em Moorburg. Cerca de 40 pessoas ocuparam o local, com cinco pessoas escalando um guindaste e estirando algumas faixas. 200 pessoas do acampamento também, espontaneamente, decidiram se juntar ao/às ocupas, mas foram impedidas a um quilometro de distância pela polícia que soltou o cassetete contra ele/as. Apesar disso, pequenos grupos de pessoas conseguiram atravessar as fileiras policiais para apoiar o/as ocupas. Então vieram a se formar dois grupos de pessoas que ficaram cercadas pela polícia, e uma manifestação espontânea. Exceto as pessoas que estavam nos guindastes, todo mundo que estava no local de construção foi apanhado sob custódia da polícia e levados para fora da área.
Reportagem completa e fotos: http://de.indymedia.org/2008/08/224933.shtml
Ações estavam também acontecendo em outras partes já que um grupo com aproximadamente 30 pessoas mascaradas, em plena luz do dia, golpearam violentamente o “escritório de assuntos exteriores” que faz parte do gabinete do governo local (esta é a repartição do governo responsável por deportar as pessoas, por exemplo.). Janelas e computadores foram quebrados, e um extintor que tinha sido enchido com tinta vermelha encharcou as paredes do escritório, os equipamentos técnicos e os móveis.
No aeroporto uma maleta desacompanhada causou uma evacuação devido a um “medo de bomba”: O esquadrão de bombas da polícia achou dentro da maleta uma nota contra a deportação.
Da mesma forma, uma interativa turnê anti-racista da cidade “que chove caviar” foi atacada violentamente pela polícia. Quatro pessoas foram brutalmente presas sem nenhum aviso, uma pessoa estava apanhando já inconsciente e foi retirada ainda inconsciente para fora da ambulância e jogada para dentro de um carro da polícia.
Esta turnê estava endereçando assuntos tais como o racismo diário dos policiais e dos residentes da área, a gentrificação, o achaque policial contra os trabalhadores de rua transexuais, e as câmeras de vigilância na rua Reeperbahn e suas bordas. A turnê já estava terminando quando a operação policial chegou com violência e atacou de supetão.
Sexto dia: Quinta-Feira, dia 21: O sexto dia pareceu um pouco mais ameno em comparação ao dia anterior, mas continuou com uma série de ações bem-sucedidas: em solidariedade com as “pessoas ilegais” cerca de 40 pessoas ocuparam o consulado francês em Hamburgo exigindo a libertação de três prisioneiros anarquistas.

Reportagem e fotos: http://de.indymedia.org/2008/08/225022.shtml
Houve também demonstrações contra as deportações no lado de fora do Ministério das Relações Exteriores, no Aeroporto Internacional de Hamburgo e na Lufthansa.
Sétimo dia: Sexta-Feira, dia 22: Caos no aeroporto de Hamburgo. Esta foi uma ação anti-deportação e anti-mudança-climática. A estimativa é de que pelo menos 2.000 pessoas estivessem fazendo ações na área, muitas das quais estavam atuando em pequenos grupos através de todo o complexo do aeroporto. Banheiros foram inundados, várias ações dentro dos terminais, demonstrações e barricadas foram erguidas nas estradas que davam acesso ao aeroporto. A polícia alegou que um oficial foi agredido ao ponto de quebrar uma costela.
Vídeo da mídia corporativa:
http://www.welt.de/videos/politik/arti2362414/Demo_gegen_Abschiebung_am_Hamburger_Flugplatz.html#autoplay
Oitavo dia: Sábado, dia 23: Apesar da chuva constante cerca de 800 pessoas marcharam para as fileiras policiais na frente da termoelétrica de carvão de Moorburg. Embora Moorbug tivesse sido ocupada com êxito no começo da semana, a polícia agora estava preparada. Canhões de água, spray de pimenta, e cassetetes foram usados com força máxima contra o/as manifestantes. Uma “tática de cinco dedos” conseguiu às vezes atravessar a linha policial, bem como as florestas e as cercas, mas o/as manifestantes se depararam com cada cerca subseqüente encoberta de outras linhas policiais e mais cercas. Finalmente foi decido se reagrupar e se mover como um bloco de volta para o acampamento. As pessoas estavam sendo também arrancadas para fora da manifestação pelos esquadrões fragmentados da polícia naquela hora.

Reportagem e fotos: http://de.indymedia.org/2008/08/225252.shtml
Vídeos do Graswurzel: http://graswurzel.tv/index.php?mov_id=29
Vídeo da mídia corporativa: http://www.welt.de/videos/politik/inland/arti2367850/Mit_Wasserwerfern_gegen_Aktivisten.html#autoplay
Acampamento Anti-Racista: www.camp08.antira.info
Acampamento Climático: www.klimacamp08.net
Reportagem no Mídia Independente da Alemanha: http://de.indymedia.org/2008/08/224573.shtml
Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana
nuvem que passa,o sol dorme um pouco –a sombra descansa Carlos Seabra

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


[Grã Bretanha] Carnaval Contra a Vivissecção!

[Sábado, 6 de setembro, Carnaval Contra a Vivissecção nos Laboratórios Sequani, um dia que se converterá numa data histórica para os animais! A polícia não pode destruir a compaixão, eles podem matar o/as manifestantes, mas não podem matar o protesto!]

Este protesto é em solidariedade com Sean Kirtley que foi preso pelo Estado britânico por supostamente organizar protestos contra os Laboratórios Sequani. Mesmo embora ele nunca tenha infringido a lei em si no caso Sequani (e a polícia concorda!), Sean foi mandado para a prisão sob a nova legislação do Crime Organizado Grave e Ato Policial (SOCPA) na qual destrói o direito de se organizar e protestar em uma livre democracia.
Se o estado policial está decidido a tomar medidas sobre aquele/as que organizam protestos legais, então começaremos a nos organizar sem organizadore/as.
Faça conosco sua oposição contra os abusadores de animais e a indústria da vivissecção no Carnaval Contra a Vivissecção nos Laboratórios Sequani, no sábado, dia 6 de setembro. A manifestação começará ao meio-dia com as pessoas se encontrando na beira da grama localizada ao lado oposto da Estação de Trem de Ledbury.
Um bloco autônomo estará presente na marcha: se vista de verde e preto, traga equipamentos que faça barulho, vamos fazer deste um dia que eles não esquecerão tão cedo!
A necessidade de coletore/as de evidências é vital nesta manifestação.
Sequani?
Sequani é uma organização de pesquisa que testa drogas farmacêuticas, substâncias químicas e diversos artifícios médicos em animais.
As experiências executadas por essa organização incluem provas agudas de toxicidade, provas de toxicologia de reprodução, provas de carcinogeneticismo, provas de mutação genética e provas de altas doses de toxicologia.
Entre os animais que servem de "modelos de provas" dos Laboratórios Sequani estão cães bigle, coelhos, porcos geneticamente modificados conhecidos como "minipigs", camundongos transgênicos, hamsteres chineses, ratos e outras cobaias. Estes animais não têm, efetivamente, nenhuma vida, e, sim, levam "uma vida de encarceramento, miséria, sofrimento, temor e morte".
Polícia procura organizadore/as do Carnaval Contra a Vivissecção
O Estado policial britânico está procurando o/as organizadore/as da marcha e encontro anti-vivissecção em Ledbury no interesse de prender o/as ativistas responsáveis, similarmente ao que aconteceu no caso Sequani, onde o/as organizadore/as foram contatado/as e um deles foi condenado a quatro anos e meio de prisão sob uma duvidosa conspiração da lei: Crime Organizado Grave e Ato Policial (SOCPA).
A polícia de Hereford somente há pouco tempo tomou conhecimento da realização do Carnaval Contra a Vivissecção. O evento é em solidariedade com o prisioneiro político Sean Kirtley, que foi previamente preso por organização legal.
Apesar de terem feito um monte de pesquisas, os policiais estão sendo incapazes de identificar o/as organizadore/as que estão por trás do dia da ação. O/as incentivadore/as duvidam que as autoridades irão achar o/as ativistas responsáveis. Outro/as acreditam que a polícia de Hereford deve ser segurada responsável pelas suas ações como parte do "Time de Mídia do Carnaval".
Em apoio ao evento, um militante anti-especista disse em resposta: “A razão na qual não há nenhum/a organizador/a é porque a última pessoa que colocou seu nome num pedaço de papel (Sean Kirtley) pegou quatro anos e meio de prisão por isso.”

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

estrela cai na noite
conto as outras no céu:
não falta nenhuma
Alaor Chaves

[Espanha] La Haine entrevista o preso anarquista em greve de fome Amadeu Casellas Ramón

Amadeu Casellas é um preso anarquista que está a mais de 25 anos encarcerado por sua participação em dezenas de ataques a bancos com os quais ajudava a financiar lutas operárias nos anos 70. Amadeu tem sido sempre uma pessoa comprometida e ativa, participando tanto na rua como na prisão de lutas e denúncias coletivas contra o sistema, isto seja no regime franquista ou "democrático".
Atualmente se encontra cumprindo a pena na prisão de Quatre Camins-Granollers ainda que esta entrevista tenha sido realizada quando Amadeu já se encontrava dentro do módulo penitenciário do Hospital de Terrassa.
Amadeu decidiu realizar uma greve de fome indefinida faz já 59 dias (desde o passado 23 de junho) para exigir que se atendam suas demandas sobre a aplicação da limitação do tempo de condenação a que tem direito e obter a liberdade condicional. Até agora Amadeu não obteve resposta favorável nem dos poderes judiciais nem da direção do Serviços Penitenciários da Catalunha.
lahaine.org está realizando um seguimento informativo sobre a greve de fome de Amadeu e as diferentes iniciativas que os grupos de apoio e pessoas solidárias estão realizando. Temos querido perguntar a Amadeu diretamente sobre algumas questões referentes a greve de fome e os motivos que lhe levaram a tomar uma decisão tão drástica.
Desde aqui transmitimos nosso afeto a Amadeu e a sua família e expressamos nosso agradecimento às pessoas que nos ajudaram para realizar esta pequena entrevista ao companheiro.
La Haine: Durante sua estada na prisão realizastes uma infinidade de greves de fome tanto coletivas como individuais. O que é o que te leva desta vez a declarar-te em greve de fome indefinida?
Amadeu: O que me leva a tomar esta decisão é a impunidade com a que as equipes de tratamento falsificam os informes e me negam os benefícios penitenciários. Também exijo que me apliquem a limitação do tempo de condenação tal como reconhece o código penal antigo e novo.
LH: Quais são as reivindicações básicas que expressas mediante esta luta?
Amadeu: A limitação do tempo de condenação e liberdade condicional em seu direito.
LH: Faz umas semanas já nos inteirávamos que a Juíza da corte 2 de Manresa se pronunciou contrariamente a aplicar-te uma refundição de penas e queremos saber o que pensas de dita resolução e como a avalias desde a situação em que te encontras.
Amadeu: É uma resolução fascista e ilegal baseada em minha trajetória revolucionária tanto dentro como fora das prisões.
LH: Desde La Haine entendemos que os protestos e lutas tanto individuais como coletivas que se desenvolvem na prisão, devem ter um apoio decidido e contínuo na rua. A solidariedade é uma arma muito poderosa e nas prisões o silêncio que provoca o isolamento da sociedade faz com que essa solidariedade seja muitas vezes a única forma para que um protesto seja escutado na rua e nas instituições responsáveis pelas situações que se combatem. Como avalias essa resposta solidária? Contas com ela na hora de realizar essa iniciativa de greve de fome indefinida?
Amadeu: Agora mesmo conto mais com o apoio no exterior que no interior das prisões, porque no interior o medo das represálias está na ordem do dia e por isso é tão importante para mim a difusão de minha situação no exterior.
LH: Vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista, passiva, indiferente e apática. A prisão é um reflexo dessas mudanças e você a tens vivido em grande parte desde a sua detenção continuada já fazem mais de 25 anos. Como vives essa ausência de companheirismo e união dentro da prisão?
Amadeu: As prisões como bem dizem são um reflexo da sociedade e faz alguns anos todos estávamos unidos e agora não. O medo das represálias e as drogas tanto legais como ilegais têm destruído completamente a união e o companheirismo.
LH: Realmente tem mudado muito as prisões nos últimos 20 anos?
Amadeu: Somente tem melhorado a saúde e a alimentação, nos demais aspectos seguem sendo autoritárias, fascistas e prepotentes como há 30 anos. Mas está tudo muito bem maquiado e não deixam que saia para fora nada que vá contra seus interesses.
LH: Até onde estás decidido a chegar com este protesto?
Amadeu: Até o final.
LH: A quem denuncias como responsáveis diretos de tua situação atual?
Amadeu: Aos políticos, sejam de direita ou esquerda; aos juízes por sua hipocrisia; a Direção Geral de Prisões; aos mandatários das prisões por sua incompetência e a colaboração com as equipes de acompanhamento em curso.
LH: Comentavas em teu último comunicado que um companheiro teve, Juan Alfonso Casquero, permaneu 70 dias em greve de fome e ao reencontrar-te com ele na enfermaria o encontrastes muito mal mentalmente. Podes nos explicar como se encontra e o que se passou com ele?
Amadeu: A verdade é que não sei o que lhe aconteceu porque ele perdeu completamente a sanidade e não se pode nem falar com ele. Agora que me encontro no mesmo hospital de Terrassa aonde estava ele, tenho tentado saber algo mais, mas não consegui averiguar nada.
LH: O que esperas do povo que está na rua e que estamos te apoiando?
Amadeu: Que sigam apoiando-me difundindo esta situação e continueis mandando faxes tanto a Serveis Penitenciaris da Catalunha, ao Juzgado Nº 2 de Manresa e a todos os endereços que acredites oportuno.
LH: Agradecemos-te enormemente ao esforço de responder a estas perguntas depois de 58 dias de greve de fome e só esperamos te encontrar o mais cedo possível recuperado, na rua e junto aos teus. Desde La Haine seguiremos fazendo o que esteja em nossas mãos para difundir tua situação e denunciar os centros de extermínio legais. Sorte e força!
> Solidariedade com Amadeu Casellas <

O responsável pela redução da pena é:
Jutgat Penal nº2 de Manresa
C/ Alfons XII, nº7.
Jueza Erika López Gracia
Tlf. 93 872 82 77 Fax. 93 872 71 05.
Os responsáveis de dar-lhe o terceiro grau são:
Dirección general de Servicios Penitenciarios.
C/ Aragón, 332 de Barcelona.
Secretario Albert Batlle y Bastardas
Tlf. 93 214 01 00 Fax. 93 214 01 79
Síndic de Greuges de Catalunya (Defensor del pueblo catalán)
Albert Ribó
C/ Josep Anselm Clavé 31. 08002 – Barcelona
Tf.- 93 301 8075 Fax.- 93 3013187
Escreva-lhe e dê seu apoio:
Amadeu Casellas Ramón
Hospital de Terrassa-Pabellón Penitenciario
Carretera de Torreblanca S/N
-08227-Terrassa-Barcelona
Tradução > Juvei


agência de notícias anarquistas-ana

A velha ponte –
No pó ajuntado entre as tábuas,
Brota o capim.
Paulo Franchetti
[Cuba] Liberdade imediata para Gorki Águila

[Campanha internacional pela liberdade de Gorki Águila e o fim a perseguição e as hostilidades contra o movimento contracultural cubano.]

Nas primeiras horas da manhã de anteontem, segunda-feira, 25 de agosto, foi detido -uma vez mais- em seu domicilio Gorki Águila, membro fundador e vocalista da banda punk cubana Porno Para Ricardo.
As hostilidades por parte do Estado cubano contra Gorki Águila e aos demais integrantes do grupo Porno Para Ricardo, tem sido uma constante desde os primeiros momentos de vida pública deste coletivo. Já desde o mês de abril do presente ano, fazíamos um chamado a "Solidaridade urgente com o/as jovens contestatório/as e o movimento anarco-punk em Cuba", centrando nossa atenção na vigilância e perseguição permanente por parte das autoridades castristas contra a banda Porno Para Ricardo e, em particular, contra Gorki Águila; reclamando: "os homens e mulheres do mundo amantes da Liberdade, a mais viva solidariedade com a cena contestatória e contracultural cubana"; somando-nos a campanha dos animadores do projeto Cuba Underground, em defesa da integridade física dos integrantes de Porno Para Ricardo; assim como a de seus familiares, amigos e companheiros".
Hoje, reafirmamos nosso incondicional apoio a todo/as o/as jovens anti-autoritário/as que cotidianamente sofrem a opressão e a exploração da ditadura nacionalista burguesa que desde já faz meio século governa de maneira absolutista em Cuba, e iniciamos a Campanha Internacional pela Liberdade Imediata de Gorki Águila; chamando a manifestar-se frente as embaixadas e consulados de Cuba ao redor do mundo exigindo sua liberdade e o cessar da atual caça às bruxas contra o/as jovens contestatório/as e o movimento anarco-punk e anti-autoritário na Ilha.
Esperamos que este chamado tenha o eco que merece no seio do movimento punk e anarquista internacional.
Por uma Cuba Livre e Libertária!
Pela Anarquia!
Movimento Libertário Cubano (MLC), 26 de agosto de 2008.
Contatos: movimientolibertariocubano@gmail.com
www.mlc.acultura.org.ve
www.pornopararicardo.com
Nota: Agradecemos a divulgação deste comunicado em todos os meios anarquistas e alternativos possíveis.
Comunicado de Imprensa
Gorki Águila, integrante do grupo punk Porno Para Ricardo, foi preso
Esta segunda-feira, 25, pela manhã, ainda que os integrantes de Porno Para Ricardo ensaiassem na casa de Gorki Águila, um policial tocou a porta, pedindo que o cantor o acompanhasse, explicando que ele só cumpria ordens.
Gorki foi levado a Estação de 3ª e 62, conhecida popularmente como "a 5ª".
De acordo com familiares e amigos, Gorki Águila estará preso até sexta-feira em dita estação para proceder a ser julgado por "periculosidade", com uma possível condenação que oscilará entre 1 e 4 anos de prisão.
Até o momento, seus familiares não puderam ver a Gorki, pelo que se desconhece o estado em que ele se encontra.
Cabe recordar que desde já faz um par de meses se têm recebido notícias sobre a perseguição de que está sendo vítima o líder da banda de punk-rock Porno Para Ricardo, Gorki Águila Carrasco, de 39 anos, fato que foi citado na segunda-feira, 17 de junho de 2008, na estação policial de seu bairro para uma assembléia, a que também esteve presente uma vizinha, Jesús, e o delegado e o Chefe de Setor. Gorki foi com um gravador portátil e conseguiu gravar partes do encontro que teve com as autoridades. Assim mesmo, entretanto, Gorki não desejava manter um diálogo com os ali presentes, levou consigo uma declaração escrita na que deixou claro sua oposição ao Estado cubano, assim como a determinação de seguir com sua música.
De acordo com o já citado Código Penal Cubano, a Lei 62, ou o "estado perigoso" é quando uma pessoa é somente suspeita de cometer um delito, a julgar pelas contradições que se observam em sua conduta, de acordo com as normas da moral socialista (Artigo 72, correspondente ao Estado Perigoso e as Medidas de Segurança); assim mesmo, fica estipulado no Artigo 73 que se considera "estado perigoso" a embriaguez habitual e a dipsomania; a drogadição e a conduta anti-social. Esta última vai desde "atos de violência", "desacato as regras de convivência", "parasitismos sociais" e a "prática de vícios socialmente reprováveis".

La Habana, segunda-feira, 25 de agosto de 2005
www.pornopararicardo.com
Tradução > Juvei
agência de notícias anarquistas-ana
lua altacéu claroo som da folha caindo Alexandre Brito

terça-feira, 26 de agosto de 2008


Protestos na convenção democrata dos Estados Unidos


[A convenção do Partido Democrata começou nesta segunda-feira, 25, no Pepsi Center, em Denver, Colorado. Os protestos também. Mais de dois mil ativistas antiguerra marcharam pelo centro de Denver para protestar contra a ocupação e as guerras no Iraque, Afeganistão, Palestina e outras ocupações por todo o mundo. Ato pela liberdade dos presos políticos estadunidenses. Anarquistas e anti-autoritários Reclamaram as Ruas. A repressão também já deu a sua cara, com violência e incidentes durante as manifestações. O FBI já deteve alguns ativistas. As manifestações continuam durante toda a semana.]
Os manifestantes desde Nova Iorque a São Francisco realizaram ações em duas manifestações, Funk the War e Reclaim the Streets, com bastante êxito. Depois de caminhar ao longo das ruas numa manifestação em ziguezague não legalizada, os anarquistas e anti-autoritários revitalizaram a sensação de orgulho e de possibilidade de protestar nas ruas.
A manifestação durou cerca de duas horas e meia. Os manifestantes e a polícia tiveram algumas colisões. Quando a polícia pediu para a manifestação ser dissolvida, os ativistas faziam. Logo, voltavam outra vez a ocupar o espaço público, e assim foi várias vezes.
Aproximadamente 20 manifestantes foram cercados pela polícia e escaparam para um parque garagem com vários andares, subindo, e desde o telhado encorajaram à multidão que ficou abaixo.
Os típicos lemas de Whose Streets Our Streets (Quais ruas?, nossas ruas!) ganhou um real significado para os manifestantes, quando exigiam o parque garagem, as ruas e a possibilidade de chegar a um público cansado da guerra e de transmitir uma mensagem de alegria e liberação.
Alguns relatórios indicam que a polícia agiu violentamente, atirando alguma classe de arma à multidão e deteve um jovem manifestante. A polícia empregou cavalos para atacar os manifestantes.
Apesar da violência policial, os manifestantes ilegais tiveram a vitória nas ruas e demonstraram que as explosões públicas de liberdade são ainda possíveis.

Mais infos: www.dncdisruption08
Fotos: http://www.indybay.org/newsitems/2008/08/24/18529552.php e
http://www.indybay.org/newsitems/2008/08/25/18529696.php
agência de notícias anarquistas-ana
Noite estrelada
O céu – brilhando – se abaixa
Silenciosamente
Eunice Arruda

[Chile] Comunicado da Frente Anarquista Revolucionária, FAR
16 de agosto de 2008

De algum lugar do Chile...
Incendiamos a sede da Esquerda Cristã (IC). Mas não jogamos um molotov desde a rua, tal e como fizeram os/as camaradas das Forças Autônomas e Destrutivas León Czolgosz contra a sede da JS do Partido Socialista. Entramos tranqüilamente na sede, e camuflamos uma bomba incendiária de efeito retardado -elaborada com benzina, parafina, ácido sulfúrico, e uma mistura de clorato de potássio com açúcar em pó-, que explodiu em chamas justamente quando esses fascistas de esquerda falavam de revisionismo, eleições de conselheiros, prefeitos, e de como irão ser distribuídos o bolo parlamentar ao lado do PC chileno num tempo próximo.
Infiltramos-nos facilmente em sua sede e a incendiamos para demonstrar a toda esquerda revisionista chilena, que nós, os/as anarquistas, não vemos diferença entre direita, esquerda, e socialdemocracia: todos/as são sustentadores dos Estados! Todos/as eles/as são partidários/as da desigualdade social!
Nem esquerda, nem direita, nem conchavos: Anarquia!
Aproxima-se um novo 11 de setembro, cuidado! Tomaremos às ruas e nós nos protegeremos atrás das barricadas populares para utilizar nossas armas contra os/as defensores/as do/a Estado e vocês, os ricos!
No mês passado atacamos aos/as pacos/as em Lo Espejo, hoje atacamos aos/as revisionistas da Esquerda Cristã… Amanhã, seguiremos atacando-os, malditos/as porcos/as fascistas…
Por um setembro popular, libertário, combativo, insurrecionalista, e clandestino: Às armas! Às barricadas!
Anarquia ou Morte!
Frente Anarquista Revolucionária - FAR
agência de notícias anarquistas-ana
Virada do morro:Ipê e seu grito amareloperpendicular Eolo Yberê Libera

sexta-feira, 18 de julho de 2008


[Espanha] ?Um anarquista e expropriador de bancos, com muita honra?

Por agência de notícias anarquistas-ana 17/07/2008 às 15:43


Um anarquista e expropriador de bancos, com muita honra? ?Um anarquista e expropriador de bancos, com muita honra?. Foi desta forma que Jaime Giménez Arbe, mais conhecido midiaticamente como ?O Solitário?, se descreveu na Audiência Provincial de Navarra, Espanha, nesta terça-feira, 15, onde está sendo julgado. Arbe, foi detido pela PJ na Figueira da Foz, Portugal, em julho de 2007, era o homem mais procurado na Espanha na época. Além da autoria de vários assaltos, estima-se que roubou 36 agências bancárias, Jaime é acusado do assassinato de dois Guardas Civis espanhóis, um crime que nega ter cometido. Já sobre os assaltos a bancos, ?O Solitário? não recusa a autoria dos delitos, explicando ser um ?anarquista, anti-sistema e anti-capitalista? adversário do que descreve como ?capitalismo fascista que nos controla?. Os juízes reclamam 52 anos e meio de prisão para Jaime. O caso continua em julgamento. :: Carta aberta de Jaime Giménez Arbe à opinião pública :: Zaragoza, 8 de março de 2008 Sou um rebelde contra o capitalismo, contra a injustiça que supõe a exploração das pessoas por uma casta de "intocáveis" com negócio seguro e apoio explícito e implícito de uma organização mafiosa por excelência, que é o Estado. Acredito justo que a posição montada por banqueiros, políticos, jornalistas, reis, presidentes e descerebrados em geral, deve explodir pelos ares, é necessária justiça com letras maiúsculas. Justiça social, educação, liberdade e princípios éticos. Os bancos são o sintoma, mas a doença é o sistema. Eu não gosto que me chamem "O Solitário", porque esse nome quem me colocou foi à polícia, meus amigos chamam-me Jaime. Gostaria de esclarecer que em meu caso foram difundidas por parte da polícia muitas mentiras. Por exemplo, quero deixar bem claro que, eu não tenho nada que ver nem com a morte dos guardas civis de Castejón nem com o fogo cruzado de Vall D´Uixo, é algo que a polícia quer julgar-me, sem provas de qualquer tipo, e que nego com integralidade. Tudo o que fiz foi feito com limpeza e educação, pois eu considero que a cortesia não elimina a coragem, e roubar o ladrão é uma obrigação, e expropriar o explorador uma necessidade. Tenho disparado em agentes da polícia, não nego, mas assassino, não, absolutamente nada, eu adoro a vida, a liberdade, a natureza, o amor, a amizade e essas coisas normais nas pessoas normais, mas o dinheiro... isso nunca me interessou. Com Afeto, Saúde e Anarquia! > Em 17 de janeiro, 2008 Jaime ingressou provisoriamente no Centro Penitenciário de Zuera (Zaragoza), extraditado temporariamente a Espanha desde a cadeia de Monsanto em Lisboa (Portugal). agência de notícias anarquistas-ana Papagaio esperto - Ao ver a laranja Dispara a falar. Pamela Cruz Machado - 10 anos

fonte: midiaindependente.org

segunda-feira, 16 de junho de 2008


PARAGUAÇU PAULISTA
Greve de trabalhadores em usina pode atingir a 80% nesta terça

Majoração no piso salarial e no valor da tonelada de cana, além de melhorias nas acomodações de migrantes são reivindicados
Presidente Prudente, SP – Desde sábado, 14/06, grande parcela dos trabalhadores rurais do setor de corte de cana da usina Cocal Comércio, Indústria Canaã Açúcar e Álcool Ltda., em Paraguaçu Paulista, encontram-se com suas atividades paralisadas. O movimento começou por iniciativa dos próprios trabalhadores, em especial, os migrantes provindos de diversas regiões do vizinho Estado de Minas Gerais.
Nesta segunda-feira, o movimento contou com a adesão de outras turmas cortadores de cana, chegando à casa de 60% do total de rurais. Prevendo que a paralisação poderia arregimentar ainda mais trabalhadores, os responsáveis pela usina trataram de dispensar as turmas que ainda permaneciam no desempenho de suas funções.
De acordo com Marcos Leite, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Paraguaçu Paulista e Região, a greve nesta terça-feira poderá alcançar 80% dos três mil cortadores de cana da indústria sucroalcooleira.
Como protesto, cerca de 300 trabalhadores decidiram acampar na frente da entrada principal usina, realizando um ato pacífico de descontentamento com a política trabalhista da empresa e impedindo a entrada de caminhões com cana. Por sua vez, a usina acionou força policial para retirada dos manifestantes. De acordo com relatos que chegavam ao Sindicato, a Polícia Militar ameaça de prisão a todo o momento os trabalhadores, como forma de pressão para saírem do local, desobstruindo assim a passagem dos veículos pesados. A ação da PM foi em vão.
No final da manhã, os rurais fizeram Assembléia e definiram pauta de negociação. No entanto, a usina estaria se recusando a receber uma comissão de trabalhadores para abertura de negociação.
Na pauta reivindicatória, os grevistas exigem melhorias no piso salarial, para que o mesmo passe dos atuais R$ 470,00 para R$ 560,00. Exigem também que o valor da tonelada de cana cortada seja majorado dos atuais R$ 2,65 para R$ 3,37. A melhoria nas condições dos alojamentos voltados aos migrantes também é solicitada.
Os trabalhadores ainda apontam algumas irregularidades que a empresa estaria cometendo, como o excesso de faltas inexistentes dos trabalhadores; pagamento mensal do mesmo valor descrito no holerite e não o que vem sendo feito. Os cortadores de cana tem sido constantemente surpreendidos ao sacarem o pagamento e constatarem que receberam salários com valores bem inferiores aos especificados no holerite.
Por conta do holerite, os grevistas pedem que sejam entregues dentro do prazo devido. Por último, exigem que a usina cumpra a lei e pague pelos dias não trabalhados justificados por atestados médicos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Usina promove demissão em massa em retaliação a ações de Sindicato

Turma composta por trabalhadores de Tupi Paulista foi sumariamente demitida; Vereador que presta serviços à usina tenta intimidar atuação de Sindicato e sindicalista

Tupi Paulista, SP – A usina Rio Vermelho, sediada em Junqueirópolis, promoveu semana passada grande corte em seu quadro de funcionários, demitindo por completo a turma de trabalhadores rurais cortadores de cana provenientes do município de Tupi Paulista. A medida foi interpretada como suposto ato de retaliação à atuação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tupi Paulista (STR-TP).
De acordo com Luciana Nunes, presidenta do STR-TP, o Sindicato teria se encontrado com os trabalhadores na terça-feira, 27/05, após receber várias denúncias referentes ao não pagamento dos atestados médicos e da ausência de preenchimento de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) em acidentes de trabalho, bem como o excesso de suspensões (ou “gancho”) que estaria sendo aplicados à revelia aos trabalhadores.
“Fomos até a roça levar um panfleto de orientação a respeito dos direitos dos trabalhadores e também manter contato com a categoria. No entanto, a usina não queria permitir a realização da panfletagem nas áreas de plantio de cana, mesmo assim, a fizemos”, explica a sindicalista.
No entanto, logo que a representante sindical se retirou da roça, funcionários da usina solicitaram a presença de todos os cortadores de cana pertencentes a turma de Tupi Paulista no setor de Departamento Pessoal da empresa e iniciou a demissão sumária.
“Tal situação demonstra a posição radical da usina em perseguir a atuação do Sindicato, objetivando afastar a entidade do local de trabalho de sua categoria e ainda colocar os trabalhadores contra o Sindicato, intimidando também trabalhadores de outras localidades a se calarem diante da reivindicação de seus direitos”, diz Nunes.
Os trabalhadores demitidos estão revoltados com a posição da usina e exigem que sejam tomadas providências contra a empresa por todos os abusos que estão sendo cometidos contra os trabalhadores.
Intimidação
Como se não bastasse a ação demissionária da usina contra os trabalhadores, três dias após o fato, segundo Luciana Nunes, a sede do STR de Tupi Paulista foi visitada pelo “turmeiro” e vereador tupiense-paulista Ricardo Rossi e pelo motorista de ônibus, identificado por Valdir, onde ambos buscavam saber o nome dos trabalhadores que denunciaram a usina para o Sindicato, sob o argumento de que “não iriam mais chamar eles para trabalhar” e que ainda “precisavam saber quem estava estragando a turma toda”.
O vereador Rossi teria ainda tecido ofensas ao Sindicato e a presidenta da entidade. “Acredito que não seja papel do vereador dizer como deve ser a atuação do Sindicato, bem como não lhe cabe afrontar a entidade na pessoa de sua dirigente ou de qualquer outra pessoa, utilizando de palavras ríspidas e com tom de ameaça. Tampouco seria função do vereador perseguir qualquer cidadão trabalhador como buscou fazer”, avalia Nunes.
Sindicato denuncia irregularidades contra usina ao MPT
De acordo com Ofício 18/2008 enviado ao Ministério Público do Trabalho pelo STR de Tupi Paulista, a Usina Rio Vermelho, de Junqueirópolis, possui extensa lista de irregularidades que ferem diretamente os direitos trabalhistas dos cortadores de cana.
Uma delas seria a terceirização de mão de obra. A Fazenda Alvorada, cujo proprietário é Antônio Eduardo Garieri, seria a responsável pelo registro dos cortadores de cana da Usina Rio Vermelho. No entanto, a prestação de serviço não se dá apenas nas propriedades de Garieri, mas se estende por diversas outras áreas arrendadas pela empresa sucroalcooleira. Com essa modalidade de contratação, os trabalhadores ficam ainda impedidos de receber o PIS.
No mesmo documento enviado ao MPT, o Sindicato cita trechos do Contrato de Trabalho, que estaria irregular quando menciona que o contratado poderá “prestar serviços em qualquer dos turnos de trabalho, isto é, tanto durante o dia como a noite”; cita ainda que “na hipótese de rompimento do contrato no prazo de experiência não estará o empregador nem o empregado obrigado a pagar qualquer indenização.”
Outro item observado se dá ao Regulamento Interno da empresa, que segundo o Sindicato é extremamente abusivo, pois prevê excesso de penalidades para o trabalhador que faltar ao trabalho e ainda inclui a rigorosa demissão por justa causa caso o trabalhador cometa quatro faltas injustificadas durante o mês. Os trabalhadores reclamam que a usina promove suspensões (“gancho”) por qualquer motivo.
Atestados Médicos não remunerados
O Sindicato informa ao MPT que a usina Rio Vermelho tem se recusado constantemente a pagar os atestados médicos dos trabalhadores. A reclamação é unânime em todas as turmas, conforme apurado.
“A conseqüência para o trabalhador que tem seu atestado médico recusado é muito danosa, pois além de perder os dias que se ausentou por motivo de saúde, perde também o domingo, o feriado - se houver - e também perde a cesta básica no valor de R$ 90,00. Ou seja, o prejuízo para o trabalhador é grande, tanto financeiramente quanto em sua própria saúde”, alerta o Sindicato.
A empresa também não estaria realizando abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) aos que se acidentam na roça. Já os que se ferem, mesmo em recuperação, são obrigados a estarem na roça e ficar dentro do ônibus, sob pena de não terem o dia apontado. Por último, ainda não estariam recebendo a cesta básica.
“Como se pode observar, o setor sucroalcooleiro quer produzir álcool a qualquer custo e trabalhar à margem da lei, lesando direitos básicos dos trabalhadores, não cumprindo nem mesmo os péssimos acordos coletivos que assinam. Intimida os trabalhadores que sequer tem o direito de ficar doente, não tem direito de reclamar sob pena de ‘levarem gancho’, e não possuem o direito sequer de serem orientados pelo seu Sindicato, para que se protejam”, conclui o documento.
“Esperamos agora que o Ministério Público do Trabalho tome as medidas cabíveis aos casos por nós relatados e que consigam coibir os abusos e irregularidades contra os trabalhadores da Rio Vermelho”, diz Nunes, que aguarda por manifestação do MPT.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Aviso Macabro: Sindicalista do setor canavieiro recebe ameaça de morte
Telefonema anônimo anunciava “um tiro na cabeça”. Bispo teme pela família

Aparecido Bispo, vitima de ameças

O sindicalista Aparecido Bispo, do Sindicato dos Trabalhadores Empregados Rurais de Andradina e secretário-geral da Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo, foi surpreendido ao receber um telefonema anônimo no qual um indivíduo fazia sérias acusações e anunciava um atentado contra sua vida.

O fato ocorreu na noite da última quarta-feira, quando o sindicalista regressava à sua residência após orientar trabalhadores rurais do setor de corte de cana que faziam movimento grevista no município de Buritama, região de Araçatuba. De acordo com Bispo, ao atender o telefone celular, uma voz desconhecida perguntou o nome de quem havia atendido a chamada. “Como resposta, perguntei quem estava falando e com quem desejava falar, achando que poderia ser um engano. Nisso o indivíduo repetiu a pergunta e, em seguida, citou o meu nome. No que confirmei, a voz começou então a esbravejar ofensas contra minha pessoa e meu trabalho, disse que sabia onde eu morava e que eu iria levar um tiro na cabeça. Antes de desligar, começou a ofender contra minha honra, utilizando palavras de baixo calão, bem como outras, de cunho racista”, informa Bispo, que é negro.


O sindicalista não conseguiu obter muitas informações sobre o autor das ameaças. Sabe-se apenas que era uma voz masculina. Quanto ao número do telefone, o mesmo não apareceu identificado no bina do celular.

"Ameaças de todos os tipos não é raro em nossa vida sindical, principalmente quando nossa atuação bate de frente com os interesses de pessoas que se acham importantes e poderosas. Minha preocupação com esse tipo de ameaça é quanto à segurança e integridade física de minha família”, diz Bispo.

O sindicalista lavrou um Boletim de Ocorrência sobre o fato na 2ª Delegacia de Polícia de Andradina. Para que se agilize as investigações na tentativa de descobrir o autor da ameaça, ou pelo menos, identificar a procedência da ligação, Bispo já solicitou a relação de chamadas recebidas diretamente com a sua operadora de telefonia celular.

Aparecido Bispo milita há pelo menos 15 anos no sindicalismo rural, em especial junto aos trabalhadores cortadores de cana nas indústrias sucroalcooleiras. No decorrer do período, sempre se manteve atuante nos sindicatos do setor, denunciando as mazelas da categoria e cobrando melhorias nas condições de trabalho e renda aos trabalhadores rurais.

Histórico

Em 2003, Aparecido Bispo, juntamente com o também sindicalista Rubens Germano, foi vítima de uma tocaia enquanto fazia panfletagem junto a trabalhadores rurais no município de Teodoro Sampaio. Na época, Bispo e Germano foram atacados por cerca de doze homens que chegaram uma Kombi, de cor branca, armadas com pedaços de madeira e ferro.
Sem que pudessem se defender, os sindicalistas foram rapidamente cercados e agredidos com chutes e socos. Ambos sofreram várias escoriações pelo corpo e as conseqüências só não foram maiores pois conseguiram fugir e se abrigar em local seguro.

Greve em Buritama


Trabalhadores haviam se manifestado no início da semana passada contra a falta de refeitório no alojamento e no campo, ausência de água quente para ba­nho nos alojamentos, falta de lençóis, não fornecimento do controle de produção diária, falta de tratamento de esgoto e café da manhã insuficiente para todos os trabalhadores.

Com a greve, houve um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) lavrado entre o Ministério Público e a Usina, que resultou nesta última a pagar R$ 400 mil de indenização por danos morais aos trabalhadores (cerca de R$ 800 para cada um), além de aviso prévio indenizatório aos trabalhadores que estavam sendo dispensados e demais verbas rescisórias (FGTS e outros).

domingo, 23 de março de 2008

Terrorismo poético em Presidente Prudente

Podridão

O que eu vejo ?
Vejo a fome
Vejo a podridão
Já cansei
Mas isso nunca muda
Olha ali de novo
Vejo mais exploração
Vejo humilhação

Qual será a solução?
Fecho meus olhos
Talvez seja a solução

O cheio podre
Toma minhas narinas
Não consigo respirar
Estou sufocado com a fumaça
Fumaça podre das industrias
Fumaça suja do capitalismo

Quando vou seu livre
Existira liberbade
No pais da imposição
Ate onde o povo vai aceitar
Sua insubordinação

Revolta acumulada
Pouco explorada
Existe o medo
O medo que o povo tem
O medo de um opressor
O sistema opressor
Com seus cães sedentos por sangue
Cacetétes e armas na mão

Lutando contra a população
É tanta violência
Que me faz pensar que
O maior inimigo do sistema
É seu próprio povo

O povo no qual é parasitado
Por suas manobras perversas
Por seus meios sub-humanos de exploração

Ate quando suportarei esconder meu ódio
Ate quando vou agüentar viver com essa revolta
Não quero , eu não quero mais essa miséria

Somos todos loucos por tentar lutar
Contra o sistema opressor
Agora eu sou seu inimigo
Declaro você o meu estado meu maior inimigo
Agente nunca fomos amigos mesmo
Ele sempre me humilhou
Nunca si importou com o que senti

Semeio sua dominação
Sobre min todo dia
Das 6 as 12
Com meu rosto suado
Mão com calos

Sempre explorado
Nunca recompensado
Recompensado apenas com ilusões
Ilusões que me mostraram
Mas quem é esse que me mostrou essas ilusões?

A mídia burguesa coloca a mão sobre min
Nada mais me importa
Se meu time do coração esta ganhando o campeonato
Não me importo comigo mesmo
Afinal ninguém se importa de comer lixo quando esta passando novela

Ate quando?
Ate quando?
Vou suportar me alimentar de uma ilusão
Uma ilusão dirigida pela televisão

Não não esta nada bem
Esta muito errada somos milhares
Somos a grande parte da nação
E ainda nos chamam de vergonha
Para essa nação eu nunca quis ser elogiado por vocês

Amigos? Amigos se preocupam com o outro
Quando que o estado se proocupo com agente
Sempre preocupados si estavamos pagando a mesada pra eles
No dia 10 todo mês. Porque si não pagarmos seremos atacados
Atacados por cães sedentos de sangue com cassetetes e armas na mão

Eu não agüento mais viver essa miséria
Na igreja meu único refugio
Já começo desconfiar de certas decisões
Não eu não aceito que tenho que dar
Um décimo do meu salário para sustentar parasitas vestidos de branco

Não me restou mais nada
Apenas à vontade de lutar
Meu domingo virou dia de fome
O futebol não me diverte mais
A igreja não me ilude
O estado não me engana

O sistema ainda me explora
Das seis as 10 de segunda a sábado
Eu vendi a minha alma por míseros 200 reais
Será que tudo isso vale a pena
Começo a me perguntar si tudo isso vale a pena
Procuro o motivo de viver sempre subordinado

O ódio toma conta de min
Minha cabeça só repete a palavra suicídio
Suicídio suicídio

Na garrafa de pinga procuro minha ultima solução
Apenas para passar o tempo
Esperando um milagre, que infelizmente não acredito.
Talvez mi drogar para passar o tempo e morrer e não ter que
Andar de quatro mais um dia para vossa excelência
Já estou cansado de comer as migalhas que cai da mesa dos donos do papel

Minha revolta esta sendo incontrolável
Tento não pensar
Tento aceitar e continuar minha vida
Todos daqui sempre viveram assim talvez eu consiga
Já passou outro dia é hora da minha tortura diária
Uma lagrima começa a escorrer logo vou enxugada

Quem sou eu?
Apenas mais um operário? Sem família
Sem amigos
Sem nenhum motivo de existência

Momentos de depressão são normais
Alias já faz anos que a revolta acumulada explodiu
Cada dia que passa meu ódio cresce e já esta num estado insuportável faz tempo
O que me segura talvez é o medo daqueles malditos cães

Medo? Olho para min mesmo eu não tenho nada a perder
O medo é uma ferramenta do estado para controlar o ódio alheiro
Mais o meu ódio não é mais alheiro
Estou sendo sufocado pelo cheiro de lixo a anos
Abro a boca sinto gosto de sangue podre
Eu moro no lixo, um lugar que ninguém sabe que existe.

Olha vossa grande senhoria
Esfregando na cara do seu povo seu poder
O ódio me sobe a cabeça
Olho para os lados qualquer objeto ponte agudo me serve
Controlo-me, e num momento de frieza me apresento a vossa senhoria.
Aqui estou senhor, eu sou parte da geração que o senhor esqueceu.
Num momento de fraqueza tomado pelo ódio
Afundo uma garrafa quebrada no estomago da vossa excelência

Aqueles malditos cães já estão encima de min
Não tenho nada o que fazer apenas afundar mais àquela garrafa
O que eu fiz não tem mais volta.

Pela primeira vez eu sou o centro das atenções
Tem uma multidão de pé olhando pra min
Levo um tiro pelas costas
Agora são dois
Mais um.

Ensangüentado no chão posso ver a multidão aplaudindo
Talvez nessa noite tomado pelo ódio eu representei toda aquela nação
Talvez aquele sentimento que eu sentia não era apenas eu

Depois daquele ato desesperado o sistema ficou totalmente descontrolado
Ativistas radicais tomaram o governo
E finalmente aquele povo hoje tem um lugar digno para viver
E incrivelmente um simples operário hoje é lembrado como um herói da nação
Por justamente atacar o maior símbolo da mesma.

A minha felicidade será feita, quando um pai contar minha historia.
Para o seu filho, e minha historia... Minha historia talvez seja lembrada por alguns anos
Colocar uma garrafa quebrada no peito do presidente não é a melhor das atitudes. Mas a mensagem que deixo é que não devemos nos submeter ao o que nos é imposto.

Chamo-me Teodoro Marceliano, 24 anos. Nascido em 17/12/ 1961




Dia 08/03/08 – Dia internacional da mulher.

Em Presidente prudente, cidade do interior do estado de São Paulo. Aconteceu a “marcha das mulheres” um ato organizado pelo movimento sem terra (MST). Com apoio de sindicatos como a (CUT, central única dos trabalhadores), entre outras organizações.
Por se tratar de um ato que visa à reforma agrária, entre outros motivos comemorar do dia da mulher. Como um dia de luta das mulheres que com muita luta vem conseguindo o seu espaço merecido nessa “sociedade moderna”.
A Liga-libertaria de Presidente Prudente. Esteve presente nesse ato, apoiando e com nossas bandeiras de pé conscientizando civis, trabalhadores do meio rural, sem terras. Sobre a luta que a Liga sindical operaria camponesa (os anarcos-sindicalistas) desenvolvem. E também conscientizando os mesmos para o anarquismo. Esclarecendo fundamentos básicos sobre o Anarquismo. Tentando tirar o senso comum que anarquismo é desordem, bagunça etc... E dizendo nada alem da verdade sobre o anarquismo.
A participação dos ativistas da liga-libertaria. Não têm nenhuma relação com os partidos políticos envolvidos. Vários partidos políticos estão envolvidos atualmente com o MST entre eles o PT, PSOL, PV. É uma grande ironia esse envolvimento político tão grande na luta pela terra, já que esses estão lutando contra o estado na emancipação de terras devolutas que o estado insisti em defender os grandes capitalistas donos desses latifúndios. Afirma o ativista que esteve presente no ato Teodoro Marceliano de 18 anos.
Foi um ato pacifico com alguns problemas internos dentro da liga libertaria. Problemas resolvidos. E tudo correu bem. Infelizmente a presença das “anarcas-feministas” que participam da liga libertaria não puderam estar presentes. Porem deixo aqui os meus parabéns para todas as mulheres, e em especial para as duas ativistas Joaquina Barbosa, Beatriz Bianco.

Frente feminista Libertaria





Nasce no pontal, mais um coletivo de ativistas. Seguindo a linha da “Liga Libertaria”, um dos poucos coletivos de libertari@s.
A “Frente feminista Libertaria” tem sua luta primeiramente voltada para fins da igualdade entre os sexos. Que infelizmente a inferioridade da mulher durante a historia foi virando “lei”. O coletivo esta numa posição de não querer ser mais do que ninguém. Mas que todos sejam vistos como iguais, e fazer valer a constituição que fala que todos perante a lei somos iguais independente de SEXO , cor , ou religião. Que infelizmente não é tão usada.
Mas com uma diferença da maioria dos grupos feministas que, voltam sua luta exclusivamente para a igualdade dos sexos. A FFL também visa explicar a toda sociedade civil a diferença entre femismo e feminismo.
Sem nenhum tipo de discriminação, pertence ao grupo de maneira esporádica em especial o ativista Teodoro Marceliano, que não é afetado diretamente pelo oque esse coletivo luta porem, é um pós-feminista que afirma que a desigualdade entre os sexos é algo desnecessários.
Estamos também ligados parcialmente com ideais anarquistas. Não si identificamos com um grupo anarquista porem temos alguns pontos que podem ser considerados.
A luta para a igualdade dos sexos é uma luta árdua, que esta no caminho para sermos vitoriosas. Entretanto também estamos ligados a princípios da libertação animal. No pontal do Paranapanema que é o nosso ponto de atuação existe uma monocultura gigantesca voltada para o consumo excessivo da carne, rodeios entre outras atividades relacionadas ao sofrimento desnecessário dos animais.
A Frente Libertaria Feminista, tem como um dos principais projetos intervir nessas praticas desnecessárias. Partindo do inicio desenvolvendo uma atividade de panfletagens, abrindo os olhos da sociedade civil sobre as atrocidades que são feitas com os animais.

quarta-feira, 5 de março de 2008


UM CHAMADO A RESISTENCIA LIBERTARIA


Tod@s na marcha pelo fim da exploração da mulher trabalhadora!!!

A Liga Libertaria, Coletivo O Podão – sua arma contra o patrão e PKCL convoca a tod@s ativist@s libertari@s, para engrossar a marcha em defesa dos direitos das mulheres.
Data: 8 de março – dia internacional da mulher
Onde: A marcha irá sair do posto Rio 400 até o Centro da cidade de Presidente Prudente

Horário: as 10:30 da manhã

Movimentos sociais e sindicais, do campo e da cidade, tomarão as ruas de Presidente Prudente alertando para o fim da exploração da mulher trabalhadora.
8 Passeata deve reunir 2,5 mil no Pontal

Ação direta contra Mansões Milionárias em Seattle

Craig Rosebraugh respondendo a acusações da justiça em 2001

Bombeiros tentam apagar as chamas em uma das mansões
Ação direta contra Mansões Milionárias em Seattle

Cinco luxuosas mansões ao norte de Seattle, no estado de Washington (EUA) foram incendiadas ontem pela manhã. Ainda não há confirmação exata, mas aparentemente os incêndios são fruto da ação direta de um grupo de justiçamento ecológico, a ELF.


Cinco luxuosas mansões ao norte de Seattle, no estado de Washington (EUA) foram incendiadas ontem pela manhã. Ainda não há confirmação exata, mas aparentemente os incêndios são fruto da ação direta de um grupo de justiçamento ecológico (o que a imprensa amarela no mundo todo e as autoridades locais estão chamando de ?ecoterrorismo?, erroneamente) chamado ELF (Earth Liberation Front - na tradução para o português Frente de Libertação da Terra). As mansões incendiadas situam-se em um dos complexos de mansões mais ricos do país, construído no interior de raras áreas florestadas dos EUA. John Heller, presidente da ?associação de moradores? das mansões, falou que informou à Polícia que os fogos eram suspeitos. ?Acho que foi um ato terrorista?, choramingou Heller, que disse que cada casa que pegou fogo custava cerca de US$ 2 milhões (dois milhões de dólares). Um sinal com as iniciais ?ELF? foi encopntrado no local, situado na Street of Dreams (tradução: ?Rua dos Sonhos?), no bairro de Woodinville (?Floresta na Vila?), relatou o chefe de corpo bombeiros local, Rick Eastman. O ELF já havia sido responsabilizado pela queima de outras cinco casas em construção, segundo o FBI, em novembro de 2005, em Hagerstown (Maryland) e segundo 65 acusações apresentadas pela alta burguesia da cidade de Eugene, no Oregon, o grupo provocou 17 incêndios em cinco Estados do noroeste do país. Em 2006, 11 pessoas foram acusadas de estarem ligadas com uma campanha de ?terrorismo ecológico? em cinco Estados dos EUA, com incêndios e a destruição de uma instalação energética. A ELF (Frente de Libertação da Terra) é um grupo ativista pela causa ecológica. Segundo material de divulgação da ELF, a estrutura do grupo é descentralizada, composta por não-filiados, ou seja, células individuais, sem hierarquia e sem lideranças e apenas com orientações de táticas de ação e princípios comuns. As ações de maior vulto estão no envio de cartas anônimas para membros do poder estatal ou empresas, petições e denúncias públicas, sem caráter jurídico (pois a estratégia jurídica tem se mostrado totalmente ineficiente) e algumas poucas ações de justiçamento e sabotagem (sem o uso da violência, para que não provoque mortes ou acidentes a pessoas). Para executar algumas das intervenções, os ativistas indicam a utilização de materiais improvisados como jarras de plástico de ateamento simples (os famosos coquetéis-molotov), produtos ou com detonação por relógios automáticos, de fabricação caseira e à base de petróleo. Entre os anos 1966 de 2001, as ações atribuídas à autoria da ELF ocorreram contra empresas madeireiras, matadouros de animais e instalações do serviço florestal dos Estados Unidos nos Estados de Oregon, Wyoming, Washington, Califórnia e Colorado. Na realidade, as ações diretas têm sido executadas em nome de dois grupos, a ELF e a ALF (Frente de Liberação dos Animais). Porém, nada garante que algumas ações tenham realmente sido executadas por tais grupos e que a própria classe de proprietários, autoridades de repressão e justiça e dirigentes de governo não tenham forjado alguns dos casos e falseado provas, tendo em vista o grande interesse de especulação financeira e imobiliária, direitos de destruição ambiental para a realização de construções e, ainda, barganha por capital público para segurança exclusiva das casas de luxo. Em 25 de abril de 2001, a revista brasileira ultra-direitista, VEJA, comentou o julgamento de um dos ativistas pesos na época, Craig Rosebraugh e nomeou a ELF de ?eco-xiitas? ou ?ativistas malucos?. Nesta matéria faltou a VEJA defender o esquartejamento do ativista em questão. Nada estranho para uma empresa de comunicação que nunca defendeu nenhuma matriz ecológica, nem mesmo a mais reformista, e tem ligações abertas com uma das mais destruidoras empresas no Brasil, a ARACRUZ CELULOSE. Neste período da prisão de Craig Rosebraugh, o FBI fez intensa caçada aos ativistas da ELF por conta de duas ações. A primeira, em março de 2001, foi o incêndio que destruiu trinta utilitários esportivos à venda numa cidade do norte dos Estados Unidos. A outra, em 2 de abril de 2001, foi a descoberta de coquetéis-molotov preparados para queimar um depósito da Nike de um shopping center. A ação infelizmente acabou falhando, pela neve, que danificou os detonadores. Alguns dias depois, agentes do FBI invadiram a casa, o carro e a loja de produtos naturais do ativista da ELF. Rosebraugh acabou preso, mas corte de justiça não conseguiu juntar provas concretas para mantê-lo na prisão, e ele acabou apenas processado pela destruição dos carros. Craig Rosebraugh, depois desta penosa trajetória pela repressão, tem recuperado seu ativismo nos EUA desde as manifestações contra a Guerra do Iraque. Hoje tem 36 anos e é autor do livro ?Burning Rage of a Dying Planet? (Raiva ardente de um planeta que está morrendo), Ed. Paperback, 2006 ? leitura indispensável para os ativistas brasileiros que levam com seriedade a luta pela proteção de nosso meio ambiente, principalmente a Floresta Amazônica. Até antes dos incêndios de ontem de manhã, oito de onze pessoas foram acusadas pelo FBI e estão presas, por ?terrorismo?, e têm seus direitos negados pelo estado norte-americano. Ao que tudo indica, outros 3 ativistas que vinham sofrendo perseguições do estado norte-americano, tiveram de se exilar em outros países. Depois do acontecido na manhã de ontem, pelo que têm declarado a polícia e a justiça dos EUA, esta repressão deve se intensificar sobre o grupo. Repórter Popular
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